Nova cirurgia de hemorroida: sem corte e sem dor

Nova cirurgia de hemorroida: sem corte e sem dor

Einstein disponibiliza técnica italiana com pós-operatório indolor e sem complicações.

O Hospital Israelita Albert Einstein é o primeiro hospital do País a contar com a mais inovadora técnica de cirurgia de hemorroidas do mundo, muito menos agressiva do que as técnicas tradicionais.

Chamada Dearterialização Hemorroidária Transanal guiada por Doppler (THD), a técnica foi desenvolvida por uma empresa italiana que produz o equipamento utilizado na cirurgia – realizada sem corte, sem dor, com rápida recuperação e mínimo risco de complicações pós-operatórias.

Caracterizada por um inchaço das veias e artérias do canal anal – com possível inflamação, hemorragia ou trombose – a doença hemorroidária atinge mais de 15 milhões de pessoas anualmente nos EUA e cria um desconforto muitas vezes curável somente com cirurgia.

A prevalência é igual entre homens e mulheres, mas homens tendem a procurar tratamento com mais frequência. Apesar disso, de acordo com estudos americanos, um terço dos pacientes com queixas consistentes de hemorroidas nunca foi ao médico. Talvez por medo da dor no pós-operatório e das complicações cirúrgicas. Agora, com a nova técnica, esse medo está com os dias contados.

O procedimento

As tradicionais cirurgias de hemorroidas contam com corte dos tecidos internos e remoção da veia desde o ponto onde nasce, ou com a remoção das hemorroidas internas por meio da utilização de um grampeador. No geral, essas técnicas são invasivas e provocam muita dor no pós-operatório, além de sangramento, risco de trombose das veias internas e externas e até rompimento de músculos.

No caso do grampeador – técnica considerada não invasiva – o risco de reincidência do problema e de um novo prolapso (exteriorização do reto através do ânus) continuam latentes e o pós-operatório ainda permanece com algum grau de dor e desconforto.

Já a nova técnica THD, que é realizada sem corte, não tem risco de sangramento e de trombose e nem chances de rompimento de músculos, e permite ao paciente voltar para casa até no mesmo dia, com baixíssimo risco de complicações.

O Doppler é um equipamento de ultrassom que mede o fluxo sanguíneo pelo som. Durante a cirurgia, ele é inserido no canal anal do paciente para identificar o pulso. Com uma agulha que passa pelo seu interior (sem oferecer risco de lesão de tecidos), o cirurgião costura a veia em um ponto específico, cessando a causa da doença.

“Fazemos uma ligadura das artérias principais, reduzindo o fluxo e, consequentemente, curando a doença hemorroidária”, explica o médico-cirurgião do Einstein, Dr. Sidney Klajner, o primeiro a realizar uma cirurgia de THD no país.

“Após a ligadura, o fluxo arterial na região cai e a diminuição da tensão facilita a redução das hemorroidas e de seu prolapso”, afirma. “O primeiro procedimento no Brasil foi realizado em junho, aqui no Einstein“, conta o médico.

Pós-operatório

No pós-operatório das técnicas tradicionais, que são bem mais agressivas, muitas vezes os pacientes reclamam de dor por até 14 dias depois da cirurgia. “Agora, podem voltar às suas atividades normais no dia seguinte, sem nenhuma dor ou risco de reincidência”, afirma o médico.

Anestesia

Além de poder deixar o hospital mais cedo e de contar com um pós-operatório bem menos doloroso, a TDH pode ser realizada com anestesia simples, apenas com analgesia e sedação. É seguro, eficaz, tem baixo risco e alta aprovação dos pacientes.

Vantagens

“A maior vantagem da técnica realmente é oferecer um pós-operatório tranquilo, sem dor. Além disso, oferece mínimo trauma tecidual, pouca chance de complicações pós-operatórias, é indicada para a maioria dos casos e requer apenas anestesia local e sedação, com internação de apenas um dia”, conclui o médico-cirurgião do Einstein.

A THD já é utilizada na Itália, Reino Unido, Alemanha, Espanha, França, Portugal, Polônia, EUA e México, entre outros países e, no Brasil, está disponível para os pacientes do Einstein.

Publicada em setembro/2010 em Einsten.com.br.

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