by admin | out 4, 2019 | Blog
O problema é mais comum do que muita gente imagina e pode favorecer a ocorrência de câncer É só pensar na palavra para vir à mente aquele momento de queimação nada agradável. O refluxo, ou doença do refluxo gastroesofágico, como chamam os médicos, acomete cerca de 12% da população. A longo prazo, seus efeitos para nossa saúde vão muito além do desconforto que chega até à garganta: ele favorece o surgimento de problemas como o câncer. “Trata-se de uma situação na qual o conteúdo gástrico volta para o esôfago”, define Sidney Klajner, que é cirurgião do aparelho digestivo e coloproctologista da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. “O ambiente estomacal é bem ácido, com um pH que pode chegar a 2,5”, revela Klajner. O órgão suporta tamanha acidez porque sua mucosa conta com um filme protetor. Já o revestimento do esôfago, tubo que transporta o alimento até o estômago, não conta com essa espécie de escudo. Dessa forma, ao entrar em contato com o material proveniente do estômago, surgem problemas como a esofagite, que é a agressão do ácido contra a parede esofágica. Ela se manifesta como azia, aquela queimação atrás do osso esterno, que tem formato de T e fica na frente do tórax. É o que os especialistas chamam de pirose – termo que vem de pira. “A pirose é o principal sintoma do refluxo”, diz Klajner. Existem pessoas que se queixam dele quando se deitam depois do jantar e há quem sinta o incômodo após qualquer refeição. Todos nós temos mecanismos fisiológicos e anatômicos para impedir que isso ocorra. O esôfago possui um eixo para o...